terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Ainda não passei por todas as situações, não posso te entender.
Me mate se for o caso, me mate se não eu puder saber.
Mas saiba que não é minha culpa, sou muito velha, já não posso compreender.
Não opine sobre algo que não saiba,
Cale sua boca e deixe a religião te conduzir, como um cordeiro que segue um pastor.
Aprenda que nada é como parece ser.

Mas Jesus não é meu pastor,
Já não preciso de um desses pra aprender
Nada é como parece ser, e eu só não posso te entender.

há tempos, escrito.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Seus olhos alcançavam pouca parte do céu – perto do infinito que o mesmo é. Enxergava somente poucas flores, os animais e as poucas pessoas que por ali passavam sem deixar, ao menos, um pedaço de carvão, uma chama acessa. E assim viveu por dez anos. Quando era criança, ainda brilhava quando havia festas, de uns cinco anos pra cá o fogo só é conhecido nas palavras. E por isso cansou. Não quer ficar lá parada observando o que nunca poderá tocar, ser. Por isso levantou, fazendo um barulho inexplicável acordando todos ao seu redor que assustados e curiosos levantaram mesmo no meio da noite, de pijamas e pantufas para vê-la superar seus medos, seu passado, seu verdadeiro ‘eu’.
Com os cachorros latindo, os gatos se escondendo e os humanos olhando, a tal chaminé foi até o quarto ao lado pegando tudo o que precisava, feito isso foi à cozinha. Voltando a sua origem, ligou seu próprio fogo e com uma lágrima no rosto, sorriu.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

vontade de escrever algo
mas não algo como algo
algo mais, assim, não mim.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

domingo, 28 de setembro de 2008

A religião convenceu mesmo as pessoas de que existe um homem invisível - que mora no céu - que observa tudo que você faz, a cada minuto de cada dia. E o homem invisível tem uma lista especial com dez coisas que ele não quer que você faça. E, se você fizer alguma dessas dez coisas, ele tem um lugar especial, cheio de fogo e fumaça, e de tortura e angústia, para onde vai mandá-lo, para que você sofra e queime e sufoque e grite e chore para todo o sempre, até o fim dos tempos... Mas Ele ama você!

George Carlin

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

"Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. (...) Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva. Não estou me referindo a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase possível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação. Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada... Lembrando-me agora com saudade da dor de escrever livros."

clarice lispector

domingo, 21 de setembro de 2008

Estou à procura dos velhos cabelos brancos, das velhas rugas e do andar cansado. Das crianças descalças, sem camisa – ou com ela rasgada – correndo na rua e ouvindo xingamento dos carros que por ali passam. Mas nada é como era, certo? Já vi muita dessas cenas, mas na outra rua vejo as ‘crianças século vinte e um’ com suas Barbies na mão, chorando pela coroa e rindo das outras. As pessoas não mudam, não por vontade própria – dá muito trabalho, igual ao barbante laçado ao braço: pra que tirar se não atrapalha? Mas começou a encher, agora como faço pra mudar? Eles realmente têm medo, porém eu sou somente alguém que não gosta de ser quem é, da vida que tem e os admira por tantos amigos e pela saudade que sentirá dos mesmos. Eu não chorei e os invejei por ter algo que os fará falta. Os invejei por tantas coisas. Apesar de serem assim, tão normais, são. E agora fico me perguntando: seria, eu, o vermelho ou as tantas outras cores? Farei eu falta pra eles com imagino que farão pra mim? Se lembrarão de mim como a menina estranha, tímida e quieta? Não é o que quero – é o que sou. Mas não totalmente, oras, quem me conhece sabe. O resto? O resto tem medo de saber.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Confusão é tudo que há me desculpe, mas é o que é. Passado presente futuro. Não há mais o que falar. Passado presente futuro e o ser humano tentando descobrir o mundo. Não escrevo o que pedem, não escrevo as novidades do dia, porque escreveria? Notícias nos jornais são tão iguais que nem preciso ver para saber o que está havendo. Ou mundo melhora agora, ou não. Chegou ao seu ápice, o pico mais alto, ao topo da cadeia alimentar. Lembro-me de anos atrás pensar: “ah, mas quando crescer não será mais assim, as pessoas perceberão que isso é ridículo.” Pois é, piorou. E não, o mundo não vai acabar em dois mil e doze. Mas o presente o passado e o futuro sempre em pauta, a confusão como companheira principal e o mais engraçado é que não há o que decidir – somos meros seres humano vivendo algo que nos foi dado, toda decisão trará bom e mau caminho como continuação então porque me preocupar? Fazer o que deveríamos é o certo, mas ah é engraçado. E sim, tudo isso é repetição do passado. Passado presente futuro, comédia.

domingo, 7 de setembro de 2008

Ser ou não ser eis a questão O futuro não tão distante e o destino em minhas mãos O erro que tudo muda a emoção da carta ridícula Fernando Pessoa já dizia O tédio o medo a preocupação cadê a coesão? Um texto sem sentido é o texto mais bonito Um tema inexistente um assunto sempre presente A falta de virgulas e ponto final mostra minha confusão a letra maiuscula mostra que nem tudo se resume a essa fusão Ser e não ser diz o irmão Querer e não agir agir sem conseguir Deixo pra lá o que tiver de ser será Um pensamento ridículo assim o destino onde está? Mãos estrelas não há?! Bonecos dançantes são guiados Bonecas de pano se desembaraçam sem ajuda O futuro acabado o passado no presente o presente mal embrulhado.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Hoje seu dia fora um tanto quanto complicado, não conseguira fingir o bem estar desta vez mas ficou admirada pela atitude das amigas, que desta vez não ficaram perguntando e perguntando o que houve, mas me fizeram sentir à vontade para falar ou não, obrigada.
E claro, não posso deixar de comentar como piorei por causa de um professor e não é qualquer professor, é aquele que mais gostava. Parece que tudo foi de propósito:
- E você, quanto que acertou no enem?
- 30.
- Que bosta hein?
- Eu sei... – o seu estado não a deixou puxar assunto mas tudo bem, ela realmente poderia ter ido melhor;
E a aula foi passando quando perdem a paciência:
- E vocês, seus bostas que acertam trinta no enem e ficam aí falando. Vocês acham que tem futuro? Vocês vão ganhar menos de mil por mês, morar num condomínio podre, serão empregados de uma firma qualquer, porque não desistem logo? – bate o sinal – Tchau para os acima de cinqüenta e para os bostas de trinta.
Claro que foi mais do que isso, ou talvez ouvindo o tom da voz tenha parecido mais intenso mas ela ficara inconformada. Já tinha notado a diferença do professor no começo do ano, um tanto mais sério afinal, terceiro colegial. Nunca pensara que chegaria a este ponto, onde não tinha escapatória – ela estava ali no meio e por isso teve de segurar o choro. Decepção. Como se tudo fosse realmente sua culpa e não culpa do governo, que só faz enem para roubar seu dinheiro.
Tudo bem, ela sabe que essa opinião não pode fazer diferença em sua vida, afinal, os elogios a gente guarda por um tempo, as críticas, nós vemos se valem a pena jogar ou não no lixo: essa vai direto pro esgoto.Porém ela também não irá mentir: isso mexeu muito com ela, por ser o professor que ela mais gostava e por ela já não estar bem. O que faz um professor mandar um aluno a desistir da vida que ele sonha? O engraçado é que ela sempre pensa nisso todo o dia, desistir e aí ouve algo assim e percebe que só falta a coragem. Coragem da qual ela faz questão de não ter, não irá desistir não importa o que faça o ano que vem. Não vou, me recuso.
Falando nisso, vai saber o que ela quer o ano que vem só sei que ela concorda com a amiga, o professor é um empregado. Aí imaginaram como será seu filho, coitado, terá de tirar notas altas ou será um bosta. Mas agora ela só se lembra da pomba morta, na qual quase pisara, antes de ver o cérebro da pobre coitada. Só mais uma vítima desse mundo de merda.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Hoje não estou com vontade de escrever, já há nada para dizer. Os dias não mudam as horas não passam e o que fica? Ah, esse detalhe não posso lhe falar. Mas é, os dias não mudam e todo vestido é igual.
Há tempos estava naquele estado ‘insano’, tanto que o escrito fora totalmente de momento – mas nem tanto, se fosse: adeus você. Talvez esteja perdendo minha habilidade de escrever agora que eles conseguem ver, como sempre aconteceu. Mas sempre?! Ah sempre, me lembro agora.
Lembro-me também de ontem, esse dia não vai sair da minha cabeça – não sei o que houve. Mas lembro - e não me importo pela repetição de palavras – do pensamento de personalidades. Eu no caso, tenho duas: a renata e a rezitcha. Causadoras de problemas, é só estando pra entender, não tenho coragem de explicar. Sim, sou um tanto covarde, mas isso não deve ser novidade pra você. O mais engraçado em ‘nada tenho pra escrever pois é tudo sempre igual’ é que, todo dia toda hora estou pensando e muitas vezes o pensamento eu guardo para escrever e são tantos pensamentos que me esqueço assim, facilmente. Quem sabe um outro dia uma outra hora voltarei a escrever como antes, mas o sonho é escrever melhor, sempre. E que fique claro que ‘nem por você nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos’ é a transformação da renata em rezitcha.
Taí, talvez não tenha dupla personalidade talvez seja só a renata sendo mais a renata, e pela mudança do pensar, penso que sou outra, a rezitcha.

domingo, 31 de agosto de 2008

Todo mundo levando extremamente a sério a dica dos professores: [...] por isso, voltem cedo para estarem preparados para o ENEM. Bando de idiotas; Não saí porque não fui atrás. Não fui atrás por causa do Jogo.
Isso aí escrevi ontem, ai mãe obrigou-me a dormir – o que foi a melhor coisa que ela já me obrigou a fazer, obrigada: se pudesse dormiria eternamente, e assim a deixaria contente. O ENEM, ou NENEM como professores lesados dizem, fiz hoje, há cinco horas atrás. Não estava nenhum pouco difícil, mas o nervosismo... AAH o nervosismo. Hoje não sai de novo, o Jogo. Poderia ter saído, ter ido na amiga, mas ela também está envolvido em um Jogo e seu Jogo sempre está lá. Queria mesmo é ficar trêbada, como diz a mãe e irmã. Espero o dia da formatura, acho que nesse dia – o dia mais feliz em 17 anos – terei a minha noite James Dean e saberei o que é uma ressaca. Nesta sexta tem o Teatro Mágico, mas acho que nada de mais acontecerá lá. O máximo será chorar durante uma, ou duas músicas ou quem sabe durante o show inteiro.
Me vejo dançando feito louca durante uma música eletrônica boa (tipo, Becoming Insane, do Infected Mushroom.; ou até Right Here, Right Now do Fat Boy Slim) ou um punk rock/hardcore bem punk rock/hardcore, ou até algo totalmente, assim The Doors, enquanto fico cada vez mais bêbada, trêbada, vá saber. Libertar tudo isso que está em mim – só há um problema, não sei dançar.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Para quem me odeia,

Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro. É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira. Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim. Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado. Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito. Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço. Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você. E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos. Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível. Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco. Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando. Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração. Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor. E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas: Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo. Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado. Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica. Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso. Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.

Com amor, da sua eterna,

Fernanda Young.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Lá estava ela, caminhando sozinha em direção a escola com seu fone quebrado no ouvido passando por ruas em que se lembrava do passado, do ano passado – exatamente um ano talvez - quando algo de engraçado a aconteceu.
Enquanto saia do estacionamento, passando pelo lado infantil de sua escola, ouviu os risos de crianças e as viu brincando e sentiu a felicidade (ou seria só alegria?) delas dentro de si, enquanto ouvia ‘meu sonho suicida, vozes me dizendo o que fazer; meu sonho suicida, tenho certeza que terá o seu também’ e via o bosque, e sua vida à sua frente tipo cinema, onde tudo passa em um segundo. Aquilo foi o suficiente para marcar o seu dia – mas não para arruíná-lo, seu estado de todo dia não tinha como piorar. Se pudesse, falaria o que se passa em sua cabeça, todos os dias, todas as horas (para todo mundo?!), porém isso é demasiadamente arriscado, pessoas se preocupam de mais. Queria eu poder falar tudo o que se passa em sua cabeça, assim a minha também ficaria mais leve – mas não posso afinal eu sou a culpada por me fazer pensar assim e não me arrependo, e acredito ter feito uma confusão na mente de qualquer um agora. Resumindo: agi, não me arrependo mas queria que fosse diferente comigo, assim como sou diferente com todo o mundo, ou tento. A garota continuou seu caminho, ouvindo a música que explodia seu cérebro que já não agüenta pensar, ‘my sucidal dream’. Bateu o sinal, hora do intervalo. Observando-a, vi como é incrível sua capacidade de fingir o estado anterior. E fingiu bem, e fingiu por mais três horas seguidas enquanto sua amiga a enchia, deixando sua paciência cada vez menor, o que me fez a admirar (ou seria odiar?) mais ainda: ela não explodiu. Nada fez, continuou lá, rindo, rasgando seu uniforme, observando a amiga usando o computador enquanto eu a observava como um Deus da Morte a ver sua vitima se deteriorando. E foi aquilo de sempre, tchau para amiga que voltará amanhã e que ficará o dia inteiro, oi para o chuveiro, o choro e sua música: ‘my suicidal dream’

domingo, 24 de agosto de 2008

sábado, 23 de agosto de 2008

- ele tenta:
quero afogar um porre de memória no som de um choro mudo de quase toda dor que viria de um abraço! sentir um calor subindo no gelo que molha desde meus pes ate aquele planeta que de longe naum sente o cheiro desse amor! trarei outra vez um bater de asas que bate no coraçao de toda arvore que um dia comemos! Nunca que vou me entregar a um martirio ilustre daquele pobre que nem sequer nasceu! E sozinho estarei com voces fazendo triste toda tristeza que havia ante a felicidade! Entendeu?

- ela sorri:
sim

- ele dúvida:
me explica?

- ela tenta:
aaaaah você só tá afim de esquecer o que há de ruim no passado e no presente quer tentar mudar sua realidade, mas isso é tão difícil quanto arranjar coragem para se jogar de um prédio quando se está lúcido. e tá afim de amar e ser amado, de verdade, pra valer, o mais verdadeiro possivel. talvez de achar a garota dos sonhos, se é que isso existe. talvez ache que a encontrou, mas a gente nunca pode ter certeza dessas coisas. é algo que só saberemos no último segundo de vida (aí está o interessante na morte). e precisa de um tempo pra pensar, um tempo longe de tudo e todos, só você e a natureza. Mas isso já não é possível com tantas obrigações do dia-a-dia, e isso te enche de raiva: porque não podemos fazer o que queremos? quer arranjar forçar pra seguir em frente e ser o que sempre quis, mas tá difícil. sempre é difícil por isso não podemos nos entregar e sorrir, pra ver se melhora, pra não desistir, pra ver que vale a pena continuar apesar de tudo. E o principal: lá no fundo você sabeque tudo vai dar certo. Ou não.

comigo nessa dança, um sonho de criança;

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Hoje eu não consigo escrever.
Já tentei, comecei bem, cheguei no meio, parei. Fazia uma comparação de absorvente interno com minha mente. O sangue não vaza. Não há vestígios dele em nenhum lugar em que vejam – a não ser eu. Todo mundo é assim, já não consigo ver o mundo de outra maneira, todos rindo e se matando. A crítica ao outro é uma insegurança em si próprio, ou até mesmo a critica em você. Ninguém mais é feliz, garotinhas de escolas particulares reclamam e aclamam por atenção; garotos de escolas públicas também. Tirando toda crise existencial que ninguém pode negar, o mundo nos cria mais problemas: que roupa? que curso? que tipo de vida eu quero? lei, lei, lei. obrigação, obrigação, obrigação.
Falta três meses para acabar o meu colegial – finalmente, livre – não tenho idéia do que quero fazer e acho graça das sugestões: psicologia, jornalismo, webdesing, letras! Tudo o que quero fazer fora descartado por uma risada no passado (não acredita, humilhação pela vontade de querer, tipo criança gorda tendo que aguentar as brincadeiras e acaba crescendo e "bang bang, you're dead" ), agora já não há o que fazer. Ok, foi drama, há o que fazer e eu sei o que, mas e a risada?

Why so serious? My mother put a smile on my fucking face – if you get what I mean.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A pior necessidade é a humana. Precisar de alguém pra agir, pra sorrir, fala sério. Quando disse que sem mim ao lado, fica depressiva, não pude esconder o espanto e o ‘me desculpe’ no pensamento, mas não estarei sempre aí, e precisar assim de mim, é piada. Por favor, não faça isso comigo. Se gostas de mim, sabe da minha vontade de liberdade, se andas comigo, deve concordar. Já precisei de um garoto há pouco tempo, e doía por não poder vê-lo e doía mais ainda por não saber quando o veria. Já não podia continuar assim; mas a dor continuou, o medo de ter feito a coisa errada. Hoje preciso de outro garoto, e isso me assusta – tudo tão rápido, foi questão de dias a mudança e até hoje não entendi o por quê. Se fora o inconsciente querendo esquecer, se fora algo inexplicável, coisa de astros, simplesmente não sei. Penso tanto e não estudo: é um ciclo, mas com um fim e o fim está tão perto que é o motivo do riso. Quanto à confusão mental da garota lesada, só o tempo.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

não tenho sobre o que escrever hoje a não ser sobre o fato mais intrigante da minha vida. o fato que, desde que o conheci, o odiei: menstruação. a conseqüência: dor, e paranóia (mais do que o normal). sempre quando acontece, não consigo não pensar: mais uma vida se foi, um protótipo de. e dou risada, sorriso irônico: sorte. talvez haja o exagero – claro que há – mas se houvesse o ato sem proteção, seria uma vida. tão simples, isso prova o quanto deus queria o mundo tão cheio de gente, afinal, garotas de dez anos já menstruam. pobre deus, pensou ter criado a perfeição e só viu a decepção. aí que tá outra coisa, o mundo não tem mais como evoluir (a não ser a mente das pessoas), todo tipo de comunicação, de entretenimento, de ‘diga não ao tédio’ fora criado, o que sobrou? a fedor na cabeça das pessoas, outra realidade que não entendo: pessoas lutam para serem livres porém dependem de qualquer ‘coisa’. drogas, sexo, estudo(!), pais (sim, há quem gostaria de viver a vida com os pais ao seu lado – pena garota, um dia eles irão encontrar o pecador), eletrônicos, comida. não fingirei ser independente em todos os sentidos, não vivo sem um chocolate ou sorvete. eles me salvam da TPM fora de época. TPM fora de época que só quem realmente me conhece sabe, sabe que sempre ta lá, todo dia, toda hora, no disfarce do dia-a-dia e da decadência da noite dois pontos continuação

domingo, 17 de agosto de 2008

a cada texto lido é uma lágrima no rosto. não pelas frases tristes - subtendidas - mas pela inveja. a cada letra escrita na frente de outra tão perfeita lembro-me do fracasso, do jeito da vida onde sempre haverá alguém melhor que você, e realmente, sempre há. esses clichês pequenos, que escrevo à frente deste computador que arde meus olhos enquanto ouço músicas que ajudam nas lágrimas. lágrimas que já nem choro mais. o emocional se foi, preciso da dor lógica para, pelo menos, sangrar. e há quem diz que sou louca por sempre encontrar os problemas tão perto assim, é pessoa que não me conhece mas ainda assim me prometeu mostrar o que há de bom e espero, e esperarei até o dia em que amor nenhum despertará em mim o sofrimento. não que eu o ame – não o amo, não sei que chegaremos a tal ponto, minha insegurança é tanta que não posso olhar-lhe nos olhos. ele vê. não sei como, seus olhos me deixam hiponitizada, encantada, não sei o que é neles e ele não me diz. sendo tudo uma grande ilusão ou não, ri.

sábado, 16 de agosto de 2008

a vida é estranha, ela sempre me assusta e como li, essa cara de susto nunca se vai. quando criança ficava imaginando o futuro e agora já não sei. coisas acontecem e me deixam confusa, vão embora e não resolvem nada. penso em frases para se começar um texto, e ela desaparece. acredito, decepção. vivo, medo. saio, ódio. é um fato: pessoas vivem me encarando. acho incrível, já não agüento e as deixo ir como fazia antes - medo; as olhos e dou risada: 'rio de você, e não para você'.


(frases clichês me atormentam: tão chatinhas, e verdadeiras)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

domingo, 10 de agosto de 2008

Nunca poderei dizer com convicção: sou triste. Tristeza é um estado passageiro, felicidade é vida. Presente, passado, futuro, escolhas. Olho pra trás e o que penso: valeu a pena. Olho pro presente e penso: não me arrependerei. Olho pro futuro e penso: eu vou conseguir. Olho minhas escolhas e as compreendo. Não me arrependo, não me permito fazer isso. O que fiz tem um motivo, tem explicação (por mais besta que esta possa ser). Mas não sou perfeita e faço coisas erradas: não fico me martirizando por isso, me desculpo e se houver o porquê peço desculpas não me importando se serão aceitas ou não – fiz o que acho certo e pronto, nossa consciência é o que nos dirá se vamos pro paraíso ou não. Religiões radicais não servem, deixar sua vida na mão de outro não presta, ter seu próprio jeito de pensar sem medo de errar é o que há.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

e a garota estava certa, e sua vontade (sua vontade?!) fora feita.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

hey garota, pare de ser tão patética.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

é sempre igual.
não importa se você não quer.
se você não suporta, é sempre igual.
"people don't change"

terça-feira, 29 de julho de 2008

e que começe o martírio

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Its going down tonight in this town 'cause they stare and growl, they all stare and growl. I take a scar everytime I cry, 'cause it aint my style no, it aint my style. Going down to the gravel head to the barrel take this life and end this struggle. Los Angeles come scam me please, emptiness never sleeps at Cliftons 6 am with your bag lady friend and your mind descending, stripped of the right to be a human in control It's warmer in hell so down we go.
They say this is the city, the city of angels: all i see is dead wings
Its a ghost town rabid underworld dionysian night vitriolic twilight, a mirage comes up it never ends once you get born youre never the same left behind erased from time ain't no decency in being boxed up alive. Look around aint no R.I.P. signs here, we dont rest in peace: we just disappearSo here we are Los Angeles. no angels singing in your valley of unease. I watch the sun roll down the pacific, over hookered sunset strip.
Theres a black moon tonight shining down on the western neon lights


domingo, 27 de julho de 2008

o corpo humano é realmente algo interessante, queria eu poder ter capacidade de fazer medicina e entender tudo a que nele se passa. quer dizer, só o tanto que sentimentos que me confundiram hoje. raiva, ódio, pena, alegria, tristeza, vontade. vontade de sorvete, de chorar, de gritar, de matar, de morrer, de andar pelada na rua, de sair, de andar de patins, de ficar só, de desenhar, de descobrir a resposta para qualquer questão.
ah se fosse diferente desde o começo...
só quero que saiba: a culpa não é minha, rapaz. agora terei que ser forte e resistir à aquelas pessoas rindo mais do que nunca.


x boy you just a stupid bitch
and girl you just a no good dick
.yeah yeah yeahs x

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Oh that boy's a slag
The best you ever had
The best you ever had
Is just a memory and those dreams
Not as daft as they seem
Not as daft as they seem
My love when you dream them up
arctic monkeys

quinta-feira, 24 de julho de 2008

estou cercada de idiotas

segunda-feira, 21 de julho de 2008

óh vida

terça-feira, 8 de julho de 2008

I'm so fucking happy I could cry diz:
esse menino me faz bem
thays. diz:
mesmo?
I'm so fucking happy I could cry diz:
mesmo (de mesmo mesmo e mesmo)
thays. diz:
que bom então, re! que bom! (:

segunda-feira, 7 de julho de 2008

porque todo sentimento pode ser esquecido ou ignorado.
por mais incrível que pareça, há sempre uma saida.

terça-feira, 1 de julho de 2008




Você ganhou, eu exijo uma explicação pra essa essas bobagens. O que você tem a dizer?
- É bobagem chorar por laços que parecem desfeitos mas que continuam firmes. Alguns laços são teimosos. Ás vezes a gente pensa: "Puf, lá se foi ele", mas ele vai estar sempre ali. Que nem alguns amores.



baby I'm afraid of a lot of things but I aint scared of loving you.baby I know you'r afraid of a lot of things but don't be scared of love, 'cause people will say all kinds of things that don't mean a dam to me 'cause all I see is what's in front of me, and that's you.well, I've been dragged all over the place, I've taken hits time just don't erase and baby I can see you've been fucked with too but that don't mean your loving days are through 'cause people will say all kinds of things that don't mean a dam to me,'cause all I see is what's in front of me, and thats you.
well I may be just a fool but I know were just as cool, and cool kids they belong together.
yeah yeah yeahs

segunda-feira, 30 de junho de 2008

essas coisas sempre acontecem comigo, incrível.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Tantas você fez que ela cansou porque você, rapaz, abusou da regra três onde menos vale mais. Da primeira vez ela chorou mas resolveu ficar é que os momentos felizes tinham deixado raízes no seu penar depois perdeu a esperança porque o perdão também cansa de perdoar.Tem sempre o dia em que a casa cai pois vai curtir seu deserto, vai, mas deixe a lâmpada acesa se algum dia a tristeza quiser entrar e uma bebida por perto porque você pode estar certo que vai chorar.
vinícius de moraes (e toquinho?)

domingo, 22 de junho de 2008

oh I'm so fucked up!

sábado, 21 de junho de 2008

shut up, you don't know what you're doing

sábado, 14 de junho de 2008

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato.
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço.
O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas.
O amor comeu metros e metros de gravatas.
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus.
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão.
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
João Cabral de Melo Neto

sábado, 7 de junho de 2008

one, two, three!
If you close the door the night could last forever, leave the sunshine out and say hello to never! All the people are dancing and they're having such fun, I wish it could happen to me. But if you close the door, I'd never have to see the day again.If you close the door the night could last forever, leave the wine-glass out and drink a toast to never.Oh, someday I know someone will look into my eyes and say “hello you're my very special one”, but if you close the door I'd never have to see the day again. Dark party bars, shiny Cadillac cars and the people on subways and trains looking gray in the rain as they stand disarrayed. Oh, but people look well in the dark. And if you close the door the night could last forever, leave the sunshine out and say hello to never! All the people are dancing and they're having such fun, I wish it could happen to me.‘Cause if you close the door, I'd never have to see the day again. I'd never have to see the day again, once more! I'd never have to see the day again.
velvet undergound & nico

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do inicio ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi
legião urbana

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quando eu lhe dizia: "- Me apaixono todo dia e é sempre a pessoa errada."
Você sorriu e disse: "- Eu gosto de você também."
Só que você foi embora cedo demais.
Eu continuo aqui, com meu trabalho e meus amigos, e me lembro de você em dias assim, um dia de chuva, um dia de sol e o que sinto não sei dizer.

... e era assim todo dia de tarde, a descoberta da amizade.
legião urbana

quarta-feira, 28 de maio de 2008

"A consequência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas."
a menina que roubava livros

terça-feira, 20 de maio de 2008

De onde vem a calma, daquele cara? Ele não sabe ser mehor, viu? Como não entende de ser valente, ele não sabe ser mais viril. Ele não sabe não, viu? Ás vezes dá como um frio, é o mundo que anda hostil. O mundo todo é hostil.
De onde vem o jeito tão sem defeito que esse rapaz sabe fingir? Olha esse sorriso tão indeciso, está se exibindo pra solidão, não vá embora daqui não, eu sou o que vocês são, não solta da minha mão.
Eu não vou mudar não, eu vou ficar são, mesmo se for só, não vou ceder. Deus vai dar aval sim, o mal vai ter fim e no final assim calado eu sei que vou ser coroado rei de mim.



los hermanos, de onde vem a calma

sábado, 10 de maio de 2008

“Sempre tive crises, mas aos 16 anos tomei consciência de que estava com depressão, que tudo ao meu redor estava desmoronando, pois tratava todo mundo mal. Em uma sala de 40 pessoas, eu, por exemplo, não falava com ninguém. Melhorei, mas aí tive uma crise séria há um ano, em um enterro em que passei muito mal [...] No meu quadro estou suscetível a cair de novo. São ciclos. Sei que quando fico triste tenho que reagir. Não é difícil eu mandar meu melhor amigo passear, não comparecer a compromissos, alguém vir falar comigo e eu tapar os ouvidos ou sair andando. Tenho crises de ansiedade absurdas [...] E o pior é ter de ouvir de algumas pessoas: “Sabia que prefiro você triste a explosiva?”
Não entendem, acham que você está assim porque quer, que é manha, falta de arrumar um trabalho pra fazer. Raramente converso sobre esse assunto com alguém, pois tomam isso como drama, acham que é putaria, não uma doença. Existe um pouco de preconceito, sim. [...] mas sei que é algo químico, que falta substâncias em meu organismo.”
revista mtv, nº. 36.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

people are strange, when you're a stranger.
faces look ugly when you're alone. ♪

the doors

sábado, 22 de março de 2008

eupossoestarsozinhamaseuseimuitobemaondeestou.
vocêpodeatéduvidarachoqueissonãoéamor.
será?
legiãourbana

sexta-feira, 21 de março de 2008

é sempre assim, eles vão embora quando eu mais preciso. mas não é sua culpa, eu sei que não é sua culpa mas ainda assim, poderia ser diferente.

Don't Let Them Bring Me Down ♪


domingo, 9 de março de 2008

Mas que tristeza é esta expressa em teu rosto? Qual seria o motivo dessas lágrimas em seu corpo? A fortaleza fora bombardeada, ela diz. Não chore ou chorarei junto a ti. Existem sofrimentos que já não suporto a dor, e quem estará aqui as quatro da manhã quando já não conseguirei dormir?
you got no love today ♪

[texto para manoela]

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Ainda bem que a vista está sendo rara, pois já não agüento o beijo na cabeça ou a dor. Como não agüento mais! E agora não já alguém para me salvar... Já não agüento este clichê de escrever as mesmas coisas de ontem.
[fragmentos da agenda em forma dramática]


domingo, 24 de fevereiro de 2008

de um jeito ou de outro um manicômio me espera.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

cansada e adorando essa vida de mãe.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG81603-6014,00.html



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Talvez a vida seja assim. Não é epecial para a pessoa que é te vital, mas é especial para quem te é irritante de vez em quando. Agora porque tem que ser assim? Vá saber. Quando não se quer falar, te fará tão mal assim deixa-la em paz?
Eu o deixo em paz.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Hoje não escrevo

Chega um dia de falta de assunto. Ou, mais propriamente, de falta de apetite para os milhares de assuntos. Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda a natureza, inclusive a simples claridada da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário.
(...) Que é isso, rapaz. Entretanto, aí está você, casmurro e indisposto para a tarefa de necher o papel de sinaizinhos pretos. Conclui que não há assunto, quer dizer: que não há para você, porque ao assunto deve corresponder certo número de sinaizinhos, e você não sabe ir além disso, não resolve os intestinos da vida, ficam em sua cadeira assuntando, assuntando. Então hoje não tem crônica.

Carlos Drummond De Andrade

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

super cansada e ouvindo música de rompimentos do nando reis.
e sex pistols.
e nirvana (claaaaaaaaaaaro).
e quatro dias pra ter meu gatinho, e ninguém sabe o que isso significa (por isso insistem em não deixarem eu ter um!)

"(...) eu não vou chorar, você não vai chorar, ninguém precisa chorar, mas eu só posso dizer por enquanto que nessa linda histórias os diabos são anjos. (...)"
nando reis, dessa vez


domingo, 10 de fevereiro de 2008

Desde que ela foi embora, nada mais funcionou. O galo canta muito antes da aurora, e a roupa ainda não secou. Mesmo a lua que brilhava lá fora, uma nuvem de chumbo apagou, o apito do guarda noturno assopra só pra me lembrar que acabou. O muro separa o mundo lá fora, a água do poço secou, o vidro embaça se meus lábios encostam num beijo que não me tocou. Diga que é pra ela voltar, que sem ela eu não passo nada bem, que duas pessoas não deixam de amar, que uma pessoa só não conta, que uma pessoa só não é ninguém. Escuto um barulho num silêncio que chora, não reconheço esse som, não ouço o riso que ouvia outrora pois seu sorriso ela levou. Eu entro sozinho e fecho a porta, acendo a luz e não encontro mais ninguém. Os moveis antigos que morrem na sala estão só pra me lembrar que acabou. Diga que é pra ela voltar, que sem ela eu não passo nada bem, que duas pessoas não deixam de amar, que uma pessoa só não conta, que uma pessoa só não é ninguém.
nando reis, pra ela voltar

solitudine.




sábado, 9 de fevereiro de 2008

Cale sua boca que já não agüento tanto falatório, tente ao menos uma vez guardar as críticas para os outro - elas não me afetaram, sei como sou e o porque, estou me dando bem com isso e estou ótima. Se tens inveja, a culpa não é minha.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

"A gente procura o amor; acha que o econtrou. Depois vem a queda. De muito alto. É melhor cair do que ficar sempre no chão? Você está fazendo da sua vida um calvário, Os rostos suplicantes, a solidão, as mãos sujas, um bebê que chora, a noite, o vazio...O vazio é uma questão de ponto de vista... Os braços que me apertam e anulam minha aflição, sinto uma carícia nos meus cabelos, nos meus olhos que queimam, no meu rosto inundado, nos meus lábios sôfregos. Não sei mais por que estava chorando. Já não choro. Já não mesmo? As lágrimas continuam a correr, mas porque não posso contê-las. Sinto-me tão bem. A esperança renasce do fundo do abismo. Re-deslumbrada.Quiçá estas lágrimas sejam de alegria...Eu não sei"

Lolita Pille
nãohouvesperançaoualegria

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O primeiro foi legal.O lugar, a paisagem, os abraços, as bobagens. Estava com saudade do lado bom.O segundo foi, ridículo pelo tipo de pessoa que há, mas nada que faça muita diferença - pessoas são assim, tadinhas.Gostei dos projetos e do tipo de pessoa do garoto, solução até para coisas que não tenho coragem.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

ansiedade, medo, cobertos por uma capa de de solidariedade, compaixão, felicidade. falsidade.
tudo é drama aqui e agora.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Como anda o tempo?
O sol aparece quando quer, o azul do céu está coberto com as nuvens brancas e cinzas. Chove a cada meia hora. E só sonho as quatro da manhã.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Gotta find a way, a better way, i'd better wait.

nirvana

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Mudei, não sei ser como era. Não sei se quero ser como era, não sei o que quero e o que sou! Nada que faço me satisfaz, tudo que penso parece errado, nem escrever como antes eu consigo, nada me resta e tudo isso é um drama que eu já não suporto. Todo este sentimentalismo e mudança de humor me cansam, passar um dia em ócio é entrar em depressão, sair um dia com uma ou várias amigas é esconder todo o problema do ser ou não ser. Sou mais feliz quando finjo ser, mas quem é esse ser? Sou mais feliz quando não sou.