domingo, 31 de maio de 2009


Você sempre soube que nunca te amei, todo mundo soube. E por não te amar, queria que você me odiasse fazendo tudo aquilo que não queria e como somos tão diferentes isso ficou fácil. Desde que te vi, quis arruinar sua vida. Você representa para mim todas aquelas pessoas que odeio, não suporto e me fizeram sofrer, então chegou a sua vez. Ainda não sabendo seu nome inteiro, conheci sua família - pais, tios e avós. Fiz de tudo para ir só pelos 'nãos' que você me dizia e sentia um prazer enorme em te contrariar fosse por atos, palavras, roupas e música.
Depois, fiz você se apaixonar por mim e dão deu certo e foi tão rápido que até me assustei. Um susto bom. Em um mês de finais de semanas inesquecíveis para você, já estávamos namorando. Quando pediu, eu ri. Fazia parte do plano, tudo que houve, fazia parte do plano.

Algum tempo de pois e você já estava em minhas mãos mesmo eu nunca dizendo que o amava. Lhe dei meu beijo mais quente para que quando você chegasse ao ápice de querer mais do que beijos e carícias, eu voltaria pra casa. Te dei tudo o que queria, de corpo e material só para no fim ver sua queda.

E consegui e sorri e gargalhei - entenda rapaz, eu fui feita pra ser sozinha e machucar os outros, nada mais.

Hoje você (ou esta pessoa na qual eu te transformei) tem outra. Outra esta que realmente te ama e te quer mesmo não sabendo quem você é. E você? Você só pensa naquele corpo e naquele dinheiro que ela tem. Eu te transformei em um mostro. Logo vocês terminarão por você só querer sexo, drogas e nada mais - é, nem música boa. No fim, você vai ter uma crise de personalidade incrível e se lembrará de mim, e finalmente, vai me odiar e nesse dia eu ficarei em paz.

(uma história veridica, fanstasiada para ter graça)

sábado, 30 de maio de 2009














(enquanto isso, na psicóloga:)
- E você se sente só nesses dias?
...
- Acho que sempre me sinto só.

quarta-feira, 27 de maio de 2009



Sim, eu quero atenção.

Não vivo sem ela e sou capaz de qualquer atitude para tê-la. Capaz até, de ser igual a você. É você, que tantas e tantas vezes se fez de coitada, caiu no chão, só pela maldita atenção. Afinal, quem gosta de ser ignorado, excluído e assim, tão facilmente esquecido?

Farei o que me pedir e não sou de mentir, esquecer e trair acordos. QUALQUER COISA, das mais simples às mais bizarras, desde que você se lembre de mim. Sairei com você por aí e iremos a qualquer lugar, colocarei a roupa que me pedir. Um vestido vermelho combinando com uma bota amarela e cabelo com mechas azuis.
Primeiramente tentarei de agradar, serei simpática e darei meu mais belo sorriso tentando lhe mostrar que sou importante, feliz, decidida e segura para assim, ficarmos amigas e nos usarmos de um jeito a conhecer outras pessoas, pessoas importantes e finalmente, entrar nesse mundo onde meu rosto, estará nas capas das melhores revistas. Sou capaz de sair de lingerie, em meio centro da cidade causando acidentes e fazendo aquele homem, te esquecer. Quem lembraria da sua esposa obesa espinhenta e de cabelo crespo ou da sua família, que mais parece a FatFamily de uma forma bem piorada economicamente, enquanto EU estou passando (com ou sem lingerie)?

Se não for assim terei dó de você, querida, pois tornarei sua vida num verdadeiro pesadelo.

texto completamente
baseado nos livros
da Lolita Pille

sábado, 23 de maio de 2009

para ler ouvindo: Radiohead - Paranoid Android

Ela dormia sozinha naquele quarto, todo dia. Seus pais estavam no quarto ao lado, com a porta trancada. Naquela noite ela decidira obedecer a mãe e foi dormir cedo... Bem, pelo menos foi pro quarto.
As horas haviam passado e já era uma e meia da manhã , Clarice não dormiu, como de costume. Estava com a luz apagada, fones no ouvido e gastando a bateria do celular, jogando.
Sempre sentiu medo. Medo de alguém acordar e dar bronca, mesmo porque, para ela, nada é como é pra você. Em cada sermão sentia seu corpo indo ao chão, sendo chutado por cada olhar de desprezo; medo do que poderia fazer consigo mesma. Medo, medo e mais medo. Paranóia. Pensava nisso todo dia, toda hora - inclusive naquela.
Mesmo com música nos seus ouvidos ela escutava o barulho na rua, mas naquele momento, escutou alguém a chamar; isso acontecia umas três vezes por noite, porém agora foi mais real, realmente sentiu a voz.
Clarice pausou o jogo, pausou a música e levantou os olhos, acendeu o abajur. No fundo, sabia que era fantasia sua, feita por sua imaginação, mas naquela noite, ela iria dormir não só com a porta trancada e as janelas fechadas, mas também com a luz acesa.

- isso que começou, a equiszofrenia.
texto de alguém bem paranóica.


quinta-feira, 21 de maio de 2009

para ler ouvindo:
Cachorro Grande - Na Sua Solidão

Pensativa, como se tudo estivesse voltando. Escrevendo como quem respira. A todo tempo, a toda hora. É um vício que sinto em meu sangue, uma vontade de não parar e ser reconhecida por.
Ligo o computador, vou à cozinha e pego um pacote de bolacha. Sento e começo - o teclado não ajuda, muito menos o mouse.
Começo a conversa, faço as coisas mais simples e vem a palavra. Abro o Word e começo a escrever. Escrever nada com nada, não há o que contar e não sou boa para criar histórias pois preciso de uma base real.
Com os olhos grudados ao monitor, a conversa sendo evitada por um motivo não-lógico, abro o pacote. Não sei o que escrever, as notícias do mundo não me agradam, as fofocas não me importam. Quero escrever algo que os faça sentir. Quero impressionar. Quero que gostem, mas, mais do que isso, que sejam sinceros.

Pego a quinta bolacha pensando em como esse texto está um lixo. Desisto e começo a ouvir, atualizar e conversar.
Lembro-me que ontem fiz um texto assim, curto, do meu jeito. Mas não gostei; A música que vi ontem é a primeira a ser tocada e me relembro do assunto que me assusta. Estou só e agora, passando mal.

Uma hora depois, a bolacha acabada, a página em branco e aqui, só o silêncio.


quarta-feira, 20 de maio de 2009

















Quero você aqui do meu lado
Sentir o conforto do teu abraço
Enquanto umedeço tua camisa com uma lágrima

segunda-feira, 18 de maio de 2009


Mesmo depois de um ano, ainda penso em você. Volto pra escola em um pedido de amiga e refaço todo aquele caminho: a subida, a sorveteria, a praça, sua rua e o colégio.

Fecho o portão de casa e vou caminhando neste asfalto que me mata - meu All Star sujo também não é o melhor tênis para tal lugar. Chego à avenida e por ela passo sem ao menos olhar para os lados, mais algumas ruas e percebo a sorveteria fechada e sua ausência.

- Ainda são dez horas da manhã guria, se toca.

Desço mais e sempre olho os caros, vendo se em algum deles, há você dentro. Mas não tem nada. Vejo a praça, não ando em cima do mato e acabo chegando a sua rua, com aquela vontade que nunca acontece de te ver dobrando a esquina. Mais caros, e nada. Entro na escola e desencano, mais uma vez.

Fiz o que tinha que fazer, falei o que tinha que falar e voltei.

Ainda penso em você. Ainda procuro seu rosto entre a multidão e por sorte você nunca está lá. Os carros ainda passam - não sei porque, espero que um dia parem - e neles não te vejo de novo. Mas vejos rostos nesses carros, rostos que já não me importam.

escrito no dia 27/04/2009
(acabou, passado, is over - mas adoro o drama)
A música começou a tocar. Eram nove horas da manhã depois que a rotina fora quebrada, sua mãe estava no banho, a vizinha na cozinha, o pai acabara de chegar da rua. A emprega estava lá fora com as roupas. Ele, deitado na cama.
Sobre a música não se conhecia a melodia nem o compositor. Aquela voz, nunca havia escutado. Era uma letra clichê, sobre qualquer amor perdido cantando por um homem. Sua mente começou a seguir a suavidade da voz e lágrimas começaram a cair.

Por um instante, se fez silêncio. Escutava-se a mãe deixando a àgua misturar com suas lágrimas, a vizinha deixando de lado a panela para sentar com a mão no rosto, o pai que fechou a porta e deslizou por ela até chegar ao chão. A empregada num choro silencioso e ele. Por esse instante, o mundo parou pra chorar.

Chorar pelo que viria, pelo que passou - por todas aquelas coisas, pelo que deixaram de fazer, amar. Odiaram seu jeito de criticar, reclamar, odiar, menosprezar e desrespeitar.

QUERIAM VIVER.

Dizer a cada um como seu amor era grande por você. Falar para aquela mulher que ele é dela, que deste a traição e o rompimento, ele só pensa nela... Mas sabia que, apesar dela sentir o mesmo, não haveria volta.
Ela, do outro lado do mundo, chorava por ele. Decidiu-se mudar para esquece-lô, mas não adiantou. Perguntava-se porque, Deus, ele fez isso com ela. Eram felizes, tinham planos. Mas não o queria o ter de volta, apesar de quere-lo só para ela.

Cada um por seu motivo, mas tudo se resume a uma palavra dita, outra que não achou coragem pra dizer; um ato, ou a falta dele.
Cada um por alguém: filho para mãe e o inverso; um ladrão que roubou pela primeira vez só porque precisava do dinheiro para comprar o remédio para sua mulher, e foi pego; um suicida que fez de tudo para pensarem que foi assassinado pelo seu melhor amigo.

A música voltou e o rádio: desculpem, problemas já consertados aqui no estúdio; E assim ele levantou da cama e seus pais estavam conversando sobre o programa na TV que falava sobre... Nada.

Agora era nove e cinco da manhã e sendo assim, o garoto foi viver - ou parte disso. Chegou ao trabalho ás dez, almoçou á uma e voltou ao trabalho. Estava em casa ás sete da noite e seus pais, como de costume, já tinham chegado. Ela lendo, ele no jornal. Jantaram e cada um foi para seu canto.

O garoto, pro bar.

quinta-feira, 14 de maio de 2009



E quando estiver chorando, limparei tuas lágrimas e beijarei teus olhos para, assim, tentar cicatrizar tua alma.
you're my
Nice Dream

Um dia, meu amor, a gente vai se ver e a partir daí, tudo vai mudar.
A certeza será absoluta quando te olhar nos olhos, e ver tua alma que já conheço tão bem. Sentiremos os corações batendo em sintonia, nos abraçaremos e o mundo a nossa volta parará. Teu beijo me fará esquecer de qualquer defeito do mundo. Estar contigo será meu paraíso, minha calma, minha paixão, minha paz.

Vamos rir até chegar o sono e fecharei meus olhos com o sorriso mais puro e verdadeiro que já se viu - mais do que de uma criança. E no último momento, serei a última a subir no ônibus e enquanto ele não sai, ficaremos nos olhando rindo e chorando e fazendo caretas, já sentindo falta de nossas mãos juntas. Desenharei um coração que o fará rir pela minha insistência em te mostrar o quanto o amo.

Ao voltar pra casa, pensarei em você e tudo que aconteceu. Logo mandarei a mensagem dizendo que não vejo a hora de te rever, e você responderá dizendo que está a caminho.

A GENTE VAI CASAR. Passaremos anos juntos, agüentando minhas paranóias e suas mudanças de personalidade. Brigaremos de mais e ficaremo em paz após uma noite de puro sexo.
Todo dia chegarei ao teu ouvido e direi que o amo, que você é o meu guri. Responderá me pegando na cintura, me jogando na cama, me beijando e dizendo que hoje o café da manhã é você quem faz e é para eu ficar lá que logo traria meu leite e minhas bolachas.
Teremos filhos, um menino e uma menina; um adotado, o outro não: ambos nossos. Cada um escolherá um nome, os dois serão apresentados à música logo cedo e viveremos assim, os quatro (mais o gato, o cachorro, o coelho e o peixe, cada um pra um), jantando sempre juntos, nos momentos de falar do primeiro beijo e no momento de explicar que o primeiro amor, nunca é pra sempre.

No fim, seremos bisavós e moraremos sozinhos. Na casa sempre tocará música e na varanda terá duas cadeiras que balaçam, onde todo fim de dia sentaremos para ver a lua, eu e você.

domingo, 10 de maio de 2009





- quando chega a noite e você pode chorar.