terça-feira, 26 de agosto de 2008

Lá estava ela, caminhando sozinha em direção a escola com seu fone quebrado no ouvido passando por ruas em que se lembrava do passado, do ano passado – exatamente um ano talvez - quando algo de engraçado a aconteceu.
Enquanto saia do estacionamento, passando pelo lado infantil de sua escola, ouviu os risos de crianças e as viu brincando e sentiu a felicidade (ou seria só alegria?) delas dentro de si, enquanto ouvia ‘meu sonho suicida, vozes me dizendo o que fazer; meu sonho suicida, tenho certeza que terá o seu também’ e via o bosque, e sua vida à sua frente tipo cinema, onde tudo passa em um segundo. Aquilo foi o suficiente para marcar o seu dia – mas não para arruíná-lo, seu estado de todo dia não tinha como piorar. Se pudesse, falaria o que se passa em sua cabeça, todos os dias, todas as horas (para todo mundo?!), porém isso é demasiadamente arriscado, pessoas se preocupam de mais. Queria eu poder falar tudo o que se passa em sua cabeça, assim a minha também ficaria mais leve – mas não posso afinal eu sou a culpada por me fazer pensar assim e não me arrependo, e acredito ter feito uma confusão na mente de qualquer um agora. Resumindo: agi, não me arrependo mas queria que fosse diferente comigo, assim como sou diferente com todo o mundo, ou tento. A garota continuou seu caminho, ouvindo a música que explodia seu cérebro que já não agüenta pensar, ‘my sucidal dream’. Bateu o sinal, hora do intervalo. Observando-a, vi como é incrível sua capacidade de fingir o estado anterior. E fingiu bem, e fingiu por mais três horas seguidas enquanto sua amiga a enchia, deixando sua paciência cada vez menor, o que me fez a admirar (ou seria odiar?) mais ainda: ela não explodiu. Nada fez, continuou lá, rindo, rasgando seu uniforme, observando a amiga usando o computador enquanto eu a observava como um Deus da Morte a ver sua vitima se deteriorando. E foi aquilo de sempre, tchau para amiga que voltará amanhã e que ficará o dia inteiro, oi para o chuveiro, o choro e sua música: ‘my suicidal dream’

5 comentários:

Unknown disse...

Então!
Minha música favorita!
Ai ai!
Ainda bem que minha fase passou!
Eu muito sei o que são inquietações mentais, quando você se depara com você mesmo dentro da sua cabeça olhando para o mundo como se todos estivessem errado... e ninguém está do teu lado para te ajudar!
Oxi!
Se sei o que é isso!
Bom, eu já ofereci o que pude pra você, para te ajudar! Queria muito te tirar desse buraco maldito!
Espero que mesmo que de longe exista uma luizinha bem pequena mais que sempre te mostre onde chegar viu?
So se aprende sobre a vida vivendo, abreviar isso é assumir tanto a negligência sobre seus assuntos, quanto abandonar muitas chances, experiências e tantas pessoas que poderia conhecer, e essas sim te ajudar no que precisar!
Viver, querendo ou não, é bão de mais! EU PELO MENOS RAXOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO DAS PESSOAS!!!
Sempre tem um mais imbecil que você que se fode por conta própria, e nega a ajuda oferecida! UIAHHUAUIAUHAUHUAHUAIA
Ai ai...
Ah... é isso ai!
Precisando tamo ae!
BJUX MENINA

melk jus disse...

cara adoro essa música!!!!!

o texto tá do k...

se quiser visita aê...

http://www.hellboynews.blogspot.com/

Lê Stabiili disse...

É complicado ficar nesse "fingimento"...sei bem como é....enquanto desejamos que tudo exploda está tudo lá,em seus devidos lugares...um tanto tediante,aff!!!

Espero que isso passe logo!!!

Obrigada pela visita em meu blog....gostei do seu,passarei sempre por aqui!!!!

Um grande abraço pra vc e boa noite!

Laura Gelbecke disse...

adorei o relógio humano!

www.cemanosdediversao.blogspot.com

www.semminisaia.blogspot.com

Ramon Assis disse...

Primeiro:
Sobre o comentário da Lê Stabiili

Complicado fingir?
Todos os dias, praticamente há todo momento nós estamos fingindo, e fazemos isso com uma facilidade tão tamanha que simplesmente o tempo se esvai apenas com o nosso fingimento.

E acho que não existe lugar aonde fingimos tanto quanto o colégio! São aqueles adolescentes dizendo palavras tolas em nossos ouvidos, e nós lá, fingindo que tudo aquilo é legal. E eles lá, tentando acreditar que tudo o que dizem é algo importante, apenas para preencher em suas vidas.

Quando digo isso as pessoas, normalmente elas me chamam de tolo, ou depressivo, mas uma coisa é certa, sempre quando eu digo esse tipo de coisa vejo escrito no olhar deles: "é verdade".

Pois bem, é fácil fingir, deve ser por instinto, e se ñ fosse por essa facilidade de fingir, acho que os humanos seriam chamados de "suicidiosapiens" e viveriam apenas seus sonhos suicidas.

Uhhh, arrazando no blof hein?!!

Beijo, rezitcha (esse nome é foda demais!)