domingo, 31 de agosto de 2008

Todo mundo levando extremamente a sério a dica dos professores: [...] por isso, voltem cedo para estarem preparados para o ENEM. Bando de idiotas; Não saí porque não fui atrás. Não fui atrás por causa do Jogo.
Isso aí escrevi ontem, ai mãe obrigou-me a dormir – o que foi a melhor coisa que ela já me obrigou a fazer, obrigada: se pudesse dormiria eternamente, e assim a deixaria contente. O ENEM, ou NENEM como professores lesados dizem, fiz hoje, há cinco horas atrás. Não estava nenhum pouco difícil, mas o nervosismo... AAH o nervosismo. Hoje não sai de novo, o Jogo. Poderia ter saído, ter ido na amiga, mas ela também está envolvido em um Jogo e seu Jogo sempre está lá. Queria mesmo é ficar trêbada, como diz a mãe e irmã. Espero o dia da formatura, acho que nesse dia – o dia mais feliz em 17 anos – terei a minha noite James Dean e saberei o que é uma ressaca. Nesta sexta tem o Teatro Mágico, mas acho que nada de mais acontecerá lá. O máximo será chorar durante uma, ou duas músicas ou quem sabe durante o show inteiro.
Me vejo dançando feito louca durante uma música eletrônica boa (tipo, Becoming Insane, do Infected Mushroom.; ou até Right Here, Right Now do Fat Boy Slim) ou um punk rock/hardcore bem punk rock/hardcore, ou até algo totalmente, assim The Doors, enquanto fico cada vez mais bêbada, trêbada, vá saber. Libertar tudo isso que está em mim – só há um problema, não sei dançar.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Para quem me odeia,

Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro. É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira. Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim. Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado. Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito. Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço. Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você. E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos. Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível. Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco. Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando. Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração. Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor. E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas: Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo. Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado. Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica. Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso. Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.

Com amor, da sua eterna,

Fernanda Young.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Lá estava ela, caminhando sozinha em direção a escola com seu fone quebrado no ouvido passando por ruas em que se lembrava do passado, do ano passado – exatamente um ano talvez - quando algo de engraçado a aconteceu.
Enquanto saia do estacionamento, passando pelo lado infantil de sua escola, ouviu os risos de crianças e as viu brincando e sentiu a felicidade (ou seria só alegria?) delas dentro de si, enquanto ouvia ‘meu sonho suicida, vozes me dizendo o que fazer; meu sonho suicida, tenho certeza que terá o seu também’ e via o bosque, e sua vida à sua frente tipo cinema, onde tudo passa em um segundo. Aquilo foi o suficiente para marcar o seu dia – mas não para arruíná-lo, seu estado de todo dia não tinha como piorar. Se pudesse, falaria o que se passa em sua cabeça, todos os dias, todas as horas (para todo mundo?!), porém isso é demasiadamente arriscado, pessoas se preocupam de mais. Queria eu poder falar tudo o que se passa em sua cabeça, assim a minha também ficaria mais leve – mas não posso afinal eu sou a culpada por me fazer pensar assim e não me arrependo, e acredito ter feito uma confusão na mente de qualquer um agora. Resumindo: agi, não me arrependo mas queria que fosse diferente comigo, assim como sou diferente com todo o mundo, ou tento. A garota continuou seu caminho, ouvindo a música que explodia seu cérebro que já não agüenta pensar, ‘my sucidal dream’. Bateu o sinal, hora do intervalo. Observando-a, vi como é incrível sua capacidade de fingir o estado anterior. E fingiu bem, e fingiu por mais três horas seguidas enquanto sua amiga a enchia, deixando sua paciência cada vez menor, o que me fez a admirar (ou seria odiar?) mais ainda: ela não explodiu. Nada fez, continuou lá, rindo, rasgando seu uniforme, observando a amiga usando o computador enquanto eu a observava como um Deus da Morte a ver sua vitima se deteriorando. E foi aquilo de sempre, tchau para amiga que voltará amanhã e que ficará o dia inteiro, oi para o chuveiro, o choro e sua música: ‘my suicidal dream’

domingo, 24 de agosto de 2008

sábado, 23 de agosto de 2008

- ele tenta:
quero afogar um porre de memória no som de um choro mudo de quase toda dor que viria de um abraço! sentir um calor subindo no gelo que molha desde meus pes ate aquele planeta que de longe naum sente o cheiro desse amor! trarei outra vez um bater de asas que bate no coraçao de toda arvore que um dia comemos! Nunca que vou me entregar a um martirio ilustre daquele pobre que nem sequer nasceu! E sozinho estarei com voces fazendo triste toda tristeza que havia ante a felicidade! Entendeu?

- ela sorri:
sim

- ele dúvida:
me explica?

- ela tenta:
aaaaah você só tá afim de esquecer o que há de ruim no passado e no presente quer tentar mudar sua realidade, mas isso é tão difícil quanto arranjar coragem para se jogar de um prédio quando se está lúcido. e tá afim de amar e ser amado, de verdade, pra valer, o mais verdadeiro possivel. talvez de achar a garota dos sonhos, se é que isso existe. talvez ache que a encontrou, mas a gente nunca pode ter certeza dessas coisas. é algo que só saberemos no último segundo de vida (aí está o interessante na morte). e precisa de um tempo pra pensar, um tempo longe de tudo e todos, só você e a natureza. Mas isso já não é possível com tantas obrigações do dia-a-dia, e isso te enche de raiva: porque não podemos fazer o que queremos? quer arranjar forçar pra seguir em frente e ser o que sempre quis, mas tá difícil. sempre é difícil por isso não podemos nos entregar e sorrir, pra ver se melhora, pra não desistir, pra ver que vale a pena continuar apesar de tudo. E o principal: lá no fundo você sabeque tudo vai dar certo. Ou não.

comigo nessa dança, um sonho de criança;

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Hoje eu não consigo escrever.
Já tentei, comecei bem, cheguei no meio, parei. Fazia uma comparação de absorvente interno com minha mente. O sangue não vaza. Não há vestígios dele em nenhum lugar em que vejam – a não ser eu. Todo mundo é assim, já não consigo ver o mundo de outra maneira, todos rindo e se matando. A crítica ao outro é uma insegurança em si próprio, ou até mesmo a critica em você. Ninguém mais é feliz, garotinhas de escolas particulares reclamam e aclamam por atenção; garotos de escolas públicas também. Tirando toda crise existencial que ninguém pode negar, o mundo nos cria mais problemas: que roupa? que curso? que tipo de vida eu quero? lei, lei, lei. obrigação, obrigação, obrigação.
Falta três meses para acabar o meu colegial – finalmente, livre – não tenho idéia do que quero fazer e acho graça das sugestões: psicologia, jornalismo, webdesing, letras! Tudo o que quero fazer fora descartado por uma risada no passado (não acredita, humilhação pela vontade de querer, tipo criança gorda tendo que aguentar as brincadeiras e acaba crescendo e "bang bang, you're dead" ), agora já não há o que fazer. Ok, foi drama, há o que fazer e eu sei o que, mas e a risada?

Why so serious? My mother put a smile on my fucking face – if you get what I mean.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A pior necessidade é a humana. Precisar de alguém pra agir, pra sorrir, fala sério. Quando disse que sem mim ao lado, fica depressiva, não pude esconder o espanto e o ‘me desculpe’ no pensamento, mas não estarei sempre aí, e precisar assim de mim, é piada. Por favor, não faça isso comigo. Se gostas de mim, sabe da minha vontade de liberdade, se andas comigo, deve concordar. Já precisei de um garoto há pouco tempo, e doía por não poder vê-lo e doía mais ainda por não saber quando o veria. Já não podia continuar assim; mas a dor continuou, o medo de ter feito a coisa errada. Hoje preciso de outro garoto, e isso me assusta – tudo tão rápido, foi questão de dias a mudança e até hoje não entendi o por quê. Se fora o inconsciente querendo esquecer, se fora algo inexplicável, coisa de astros, simplesmente não sei. Penso tanto e não estudo: é um ciclo, mas com um fim e o fim está tão perto que é o motivo do riso. Quanto à confusão mental da garota lesada, só o tempo.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

não tenho sobre o que escrever hoje a não ser sobre o fato mais intrigante da minha vida. o fato que, desde que o conheci, o odiei: menstruação. a conseqüência: dor, e paranóia (mais do que o normal). sempre quando acontece, não consigo não pensar: mais uma vida se foi, um protótipo de. e dou risada, sorriso irônico: sorte. talvez haja o exagero – claro que há – mas se houvesse o ato sem proteção, seria uma vida. tão simples, isso prova o quanto deus queria o mundo tão cheio de gente, afinal, garotas de dez anos já menstruam. pobre deus, pensou ter criado a perfeição e só viu a decepção. aí que tá outra coisa, o mundo não tem mais como evoluir (a não ser a mente das pessoas), todo tipo de comunicação, de entretenimento, de ‘diga não ao tédio’ fora criado, o que sobrou? a fedor na cabeça das pessoas, outra realidade que não entendo: pessoas lutam para serem livres porém dependem de qualquer ‘coisa’. drogas, sexo, estudo(!), pais (sim, há quem gostaria de viver a vida com os pais ao seu lado – pena garota, um dia eles irão encontrar o pecador), eletrônicos, comida. não fingirei ser independente em todos os sentidos, não vivo sem um chocolate ou sorvete. eles me salvam da TPM fora de época. TPM fora de época que só quem realmente me conhece sabe, sabe que sempre ta lá, todo dia, toda hora, no disfarce do dia-a-dia e da decadência da noite dois pontos continuação

domingo, 17 de agosto de 2008

a cada texto lido é uma lágrima no rosto. não pelas frases tristes - subtendidas - mas pela inveja. a cada letra escrita na frente de outra tão perfeita lembro-me do fracasso, do jeito da vida onde sempre haverá alguém melhor que você, e realmente, sempre há. esses clichês pequenos, que escrevo à frente deste computador que arde meus olhos enquanto ouço músicas que ajudam nas lágrimas. lágrimas que já nem choro mais. o emocional se foi, preciso da dor lógica para, pelo menos, sangrar. e há quem diz que sou louca por sempre encontrar os problemas tão perto assim, é pessoa que não me conhece mas ainda assim me prometeu mostrar o que há de bom e espero, e esperarei até o dia em que amor nenhum despertará em mim o sofrimento. não que eu o ame – não o amo, não sei que chegaremos a tal ponto, minha insegurança é tanta que não posso olhar-lhe nos olhos. ele vê. não sei como, seus olhos me deixam hiponitizada, encantada, não sei o que é neles e ele não me diz. sendo tudo uma grande ilusão ou não, ri.

sábado, 16 de agosto de 2008

a vida é estranha, ela sempre me assusta e como li, essa cara de susto nunca se vai. quando criança ficava imaginando o futuro e agora já não sei. coisas acontecem e me deixam confusa, vão embora e não resolvem nada. penso em frases para se começar um texto, e ela desaparece. acredito, decepção. vivo, medo. saio, ódio. é um fato: pessoas vivem me encarando. acho incrível, já não agüento e as deixo ir como fazia antes - medo; as olhos e dou risada: 'rio de você, e não para você'.


(frases clichês me atormentam: tão chatinhas, e verdadeiras)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

domingo, 10 de agosto de 2008

Nunca poderei dizer com convicção: sou triste. Tristeza é um estado passageiro, felicidade é vida. Presente, passado, futuro, escolhas. Olho pra trás e o que penso: valeu a pena. Olho pro presente e penso: não me arrependerei. Olho pro futuro e penso: eu vou conseguir. Olho minhas escolhas e as compreendo. Não me arrependo, não me permito fazer isso. O que fiz tem um motivo, tem explicação (por mais besta que esta possa ser). Mas não sou perfeita e faço coisas erradas: não fico me martirizando por isso, me desculpo e se houver o porquê peço desculpas não me importando se serão aceitas ou não – fiz o que acho certo e pronto, nossa consciência é o que nos dirá se vamos pro paraíso ou não. Religiões radicais não servem, deixar sua vida na mão de outro não presta, ter seu próprio jeito de pensar sem medo de errar é o que há.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

e a garota estava certa, e sua vontade (sua vontade?!) fora feita.